Fico muito impressionada em como minhas duas "filhinhas" podem brigar, se arranhar e morder para provocar uma a outra, mas também do cuidado que uma tem com a outra mesmo sem ter consciência.

A forma como elas dividem suas coisas, mesmo deixando bem delimitado seus espaços, a forma como elas brigam por atenção alheia , mas como cuidam uma da outra quando não são correspondidas pela atenção alheia, a forma como a menor (foto acima) chama pela maior para protegê-la quando eu quero obrigar ela a fazer alguma coisa, e a forma com a maior vem correndo para ajudar.... fico admirada com o carinho daquelas duas tranquerinhas.Elas me comovem às vezes, e não precisam fazer nada forçado ou fingido para isso. Ainda não têm idade suficiente nem pra saber o que é o "teatro das pessoas adultas" .

Algumas vezes sabem muito bem como fazer uma encenação para tentar o que querem,

mas ainda assim é mais pura.

Há simplicidade nas pequenas ações de carinho que me rodeiam e eu amo essa simplicidade.

A foto com vários bilhetes na parede se trata de uma parade com bilhetes de pedidos...

As pessoas iam até lá escreviam algum bilhete e colocavam na parede. Pede-se também uma doação de quanto você quiser, que é destinada a uma organização que faz um trabalho de teatro com crianças desfavorecidas.

Duas das fotos acima são de quando passei em frente da casa da Anne Frank!

Gostaria muito de ter entrado, mas estava fechada.

Ir pra lá me fez pensar sobre o que aconteceu com ela....e o mais incrível é que não foi há taaanto tempo atrás. Muitas coisas aqui fazem as pessoas se lembrarem do passado obscuro,

de alguma tragédia, do que contribuiu para o presente da sociedade.

Enquanto ouço e até concordo que a memória do brasileiro é fraca, também paro pra pensar que no Brasil o que nos faz saber sobre más notícias são jornais ou programas sensacionalistas e

nós não conseguimos manter os maus-exemplos na memória, porque em pouco tempo somos bombardeados com novas más notícias.

Deve-se viver no meio da história,

gostaria que fosse criado um super muro no Brasil em ordem cronológica com as maiores canalhices dos últimos tempos.

Seria ótimo ter a memória refrescada de vez em quando. Ao invés de não ter muita coisa dentro.

A foto com o cara de paletó e cabeça de bixiga é justamente o que traduz minha introspecção.

Já com 2 meses na Holanda começo a descobrir também um outro lado que um turista de duas semanas nunca descobriria.E estou gostando!

Estou gostando de conhecer as pessoas mais próximas de mim além do "oi , tudo bem",

estou gostando de descobrir o lado "pobre" e o lado "podre" holandês....

Gostando de perceber coisas que só se percebem com o tempo e com observação.